segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Dr. Stone recomendação

(Aonde eu falo sobre algo não tendo ideia de qual meu ponto, e justifico uma conexão aleatoria que me veio a mente)

O maior apelo e emoção em Dr. Stone muitas vezes aparenta ser a aventura, descobrimento de um mundo novo desenvolvido na obra. A primeira vista existe uma contradição inerente em tal visão, na medida que não estamos falando de um mundo de fantasia, nos introduzindo a fadas, gigantes, situações que apenas podem ser criadas na imaginação. Esta é supostamente nossa realidade, abstraída de qualquer elemento sobrenatural, apenas milhares de anos no futuro, e tudo que será mostrado, o anime garante ter uma explicação cientifica plausível.

Tal contradição é unicamente aparente. Ao se permitir abstrair nossas condições atuais, percebemos que muitas vezes a separação do real e fantástico unicamente reside na opinião e experiência da audiência. Um dia de trabalho numa fazenda na maioria do mundo, pareceria mais alien e diferente do que o conteúdo de centenas de novels de sci-fi podem mostrar. De certa o mundo brutalizado, e mostrado em sua natureza pura de Dr. Stone é um poço de mistério e interrogações, que mal consigo imaginar e entender como funciona. Logo há muito para se descobrir no anime.

Nesse ponto existe a mágica, e apelo da obra. Muito da ficção busca esse sentimento de estranheza, o pensar nessa situação diferente, difícil de imaginar, desconfortável, excitante, pensando em intricados mundos, realidades que pouco tem a ver com a nossa.  Dr. Stone nos surpreende ao captar que na verdade tais circunstancias estão em nossos próprios quintais, no mundano.  O realizando por meio de representação de uma ciência e conhecimento que de forma quase imperceptível faz parte de nossa realidade, mas sempre parece mais extraordinária e fascinante que que qualquer coisa real. A cena de Senku acendendo a primeira lâmpada, finalmente possibilitando a luz para iluminar a vida dessa aldeia a noite, é um dos momentos de pura ciência indescritíveis na série.

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(Esse foi o momento em que me dei conta, Dr. Stone é realmente bom)

Um dos aspectos interessantes, que a obra utiliza para garantir que isso seja o foco, é retirando a importância de conflitos interpessoais. A exceção de Tsukasa, que é basicamente a premissa, o bug bad guy nas sombras movendo a história, quase toda questão social tem soluções estupidamente simples. Magma e a resistência dos aldeões na vila são quase uma piada, suas resoluções sendo tratadas como um afterthough.

O verdadeiro antagonista está na origem dos obstáculos e dificuldades encontrados pelos personagens, a própria natureza. O foco sempre está na obtenção de técnicas, equipamentos, conhecimento e capacidades para vencer a barreira que esse mundo natural apresenta.  E claro, sua opinião como tais podem ser superados, está na união das pessoas. Conjugar de esforços, raciocínios, trabalhos e competências para restabelecer o lugar que a humanidade uma vez perdeu. Realizando tal conceito, na demonstração dos personagens como uma grande família, amigos que estão dispostos a tudo um pelo outro.

Agora meu ponto principal é que vejo muito de Star Trek em meu retrato de Dr.stone. De certa forma, a visão do futuro da humanidade finalmente se unindo e superando suas diferenças, com o objetivo de superar a fronteira final do espaço, tem muitas semelhanças, assim como a ausência de muitos conflitos internos. Ambos também brincam com pressuposições e características fixas de gênero. Star Trek é uma obra de fantasia, com estética de sci-fi, mas com ciência impossível de diferenciar da mágica, e história sobre descobrir novos mundos. Dr. Stone traduzindo o mesmo, numa realidade que deveria ser nosso mundo.

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(I love this passing of the torch, and shared friends shit)

E já que não pensei num final ou conclusão, deixo aqui minha recomendação para Dr. stone, definitivamente uns dos melhores animes de sua temporada e do ano.

terça-feira, 8 de outubro de 2019

Joker: a dificuldade em explorar ideias por meio de ficção.


(Por favor não me odeiem por falar mal do filme)

O polêmico filme, Joker, finalmente teve sua estreia (na qual algumas pessoas realmente esperavam a ocorrência de tiroteios), e me deixou com uma certa ideia que queria desenvolver.  A obra consiste de uma grande reimaginação do personagem, não encontramos o mesmo Coringa arqui inimigo do Batman, gênio do crime, que tem milhares de seguidores a sua disposição, e sempre um novo plano para destruir a cidade. Muito pelo contrário, essa é a história de origem que acompanha um fracassado, sem amigos, amantes, dinheiro ou qualquer poder. Ou seja grandiloquência substituída pela mais intima e mundana visão desse miserável solitário, e da sociedade que o quebrou.


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(did you miss me?)


Para começar mais com o assunto da discussão, eu carrego uma grande certeza que obras de ficção intrinsicamente contem temas. Amor, ódio, pobreza, guerra, desigualdade, não importa o gênero em que se passa a narrativa, a obra inevitavelmente vai refletir alguma grande ideia ou questão da existência humana. Não é exatamente relevante a intenção do autor, saber se ele tinha necessariamente uma mensagem especifica em mente, a mera escolha de eventos, e como tais serão demonstrados, já claramente reflete um conceito. Característica a qual eu considero ideal, uma grande obra de ficção é precisamente aquela que nos faz pensar. Realiza isso, principalmente por meio da apresentação de uma nova visão de mundo, trazendo a perspectiva, questionamento, desafiador quanto a nossa realidade. Nesse aspecto, a temática de Joker, se encontra meu problema.


A mensagem central em Joker é claramente um fator presente, muitos de seus elementos voltam para uma particular noção. Esta é uma história sobre os excluídos da sociedade, nunca notados, nem ouvidos em seus problemas. Se passa numa opressiva cidade socialmente em ruinas (literalmente lotada de lixo, por uma greve de garis), aonde a realidade consiste de viver sobre o arbítrio do mais forte. Terror mora nas ruas com uma violência crescente, elites corrompidas ocupam o governo, sendo a ultima coisa na mente delas, a empatia com os trabalhadores. Na maior parte do tempo, políticos estão contribuindo e lucrando com a desgraça da cidade. Sua tese se apresenta no grande discurso ao final, aonde nosso protagonista relata a cidade enlouquecedora lá fora, que unicamente pode levar um homem a pirar. Não existe razão ou mérito em se importar com os outros, ou realmente a mera possibilidade de agir como bom cidadão. Todos estão cercados por uma realidade que não entendem, a qual nem liga para sua dor. De certa forma a resposta a situação é a piada, em abraçar destruição, realizar atos de indescritível violência aleatória quanto ao mundo em volta. Talvez os inúteis feitos amortizem a dor, tenham proposito, mas seus resultados e consequências são completamente irrelevantes.


Sinceramente, quanto ao fato de Joker escolher retratar dessa forma especifica a sociedade, como inferno existencial de desconhecimento, e aniquilação niilista sem propósito, não consigo achar qualquer objeção. Não existem certos ou errados quando a ideia de mundo que sua obra advoga. No entanto, o método de exploração de tal conceito deixa muito a desejar.


Primeiro, meramente reproduzir um tópico não significa exatamente desenvolve-lo. Esta é uma fraqueza presente em muito da ficção dita “adulta”. Delimitando a questão, eventos nessas obras referenciam ideias de racismo, descriminação, pobreza, opressão, amor. Mas na mesma medida que os trabalhos escolhem precisamente circunstancias as quais podem relacionar a questões universais, estas não estão dizendo, elaborando nada sobre o assunto. Um exemplo permite entender melhor o que quero dizer. Joker com seu método de contar a narrativa, e ambíguo final, apresenta claramente um questionamento sobre real x imaginário. Seria toda nossa narrativa uma ilusão particularmente elaborada do protagonista, nos convidando a duvidar dos eventos do filme, e da possibilidade de separar a realidade da imaginação. Da mesma forma que o tópico está ali, ele deliberadamente não está sendo trabalhado em cima. Não ganhamos uma nova apreciação ou muito que pensar, na busca dessa interpretação, como uma não convencional narrativa, aonde é possível duvidar de qualquer evento. Claro com certeza a ideia está presente, mas quase que desaparece no Background, se torna irrelevante por quão pouco acaba importando.


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(Ok, eu realmente adoro vários dos memes que saíram daqui)


Própria reprodução é uma forma extremamente insatisfatória de abordar temas em ficção. Tal parte de um pressuposto de um certo naturalismo, o qual consiste de simplesmente reproduzir, imitar características do real, supostamente mostrar eventos como o são, não os conectando diretamente a mensagens, ou exploração de tópico. Se trata de uma tentativa de normalizar temas, não comentando diretamente sobre eles, pois o autor está simplesmente retratando eventos, como “realmente são”, tirando o foco que existe um assunto por trás. Quando para mim a própria tentativa de normalização da temática, de agir como se estivesse meramente integrada a eventos neutralmente detalhados perde o ponto de criação ficcional. Tudo num trabalho é completamente arbitrário, não tem qualquer logica ou razão de ser, além de um ato de vontade do criador, que escolheu que fosse assim. Por isso considero que o autor deveria tomar vantagem desse fato, realizando e criando sua historia de forma não neutra, mas escolhendo especificamente o que vai favorecer sua mensagem e ideias.


Uma alternativa superior a reprodução, que realmente confronta, apresenta visões e opiniões, sobre o tópico que o autor está enfrentando é a realização disto por meio de propaganda. Joker é exemplo claro disso, quanto a suas demais discussões. O filme não consegue meramente apresentar um questionamento sobre a validade de existência, possibilidade de felicidade, ou alegria nesse mundo. Permitir ao próprio público chegar em suas próprias conclusões, e determinações sobre os assunto. Não, desde o começo o filme nunca para de gritar aos 4 ventos como tudo apresentado é a mais absoluta verdade, dando incontáveis exemplos. Parece uma dedicação pessoal que cada personagem toma, em tornar a vida do protagonista um inferno, crianças arbitrariamente o agridem por uma placa, o chefe e colegas no serviço farão de tudo para mostrar que o desprezam, caras aleatórios no metro partiram pra bater nele sem razão alguma. O mundo se consiste apenas de caricaturas de crueldade e más intenções prestes a cruzar o caminho de um homem e arruína-lo.


Arthur Fleck é a oposição, e contraponto temático, a tendência que tentei detalhar acima, do mundo numa batalha de morte para mostrar quão horrível pode ser. O filme faz um esforço em demonstrar como (bem no fundo) ele é bem intencionado, apesar de sempre reagir absurdamente. Arthur realmente acredita em sua missão especial, o dever de fazer as pessoas rirem, acharem mais felicidade e alguma consolação no mundo. Tal realização, que na verdade será sempre impossível para ele. Não importa quantas vezes apareça em Talk Shows, assista incontáveis programas de comedia toda noite, quebre a cabeça pensando e elaborando piadas, ele simplesmente não consegue entender. Sozinho e incapaz de formar relacionamentos, as pessoas terminam como um completo mistério, apresentações, esforço e desejo de trazer alegria, não podem romper sua barreira para o outro. Tentar realmente sair de sua percepção, imaginar o que causaria risadas, graça, o que é essa alegria que a audiência sente, é completamente impossível nessas condições.


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(Let's put a smile on this face)


O protagonista em uma aparente luta contra o mundo, seus ideais completamente o contradizendo, é na verdade uma boa formula, e traz ótimas possibilidades de conflito. Infelizmente o contraponto e perspectiva única que Arthur apresenta não funcionam, em decorrência de não estarem baseadas em absolutamente nada. A inspiração do personagem no relacionamento com sua mãe, ela tendo previamente dito que alguém com uma condição assim nasceu para gerar mais felicidade, e risos no mundo, é revelada como mentira cruel. Descobrimos que essa relação familiar é na verdade uma fonte de imensa perversidade, a mãe sendo uma lunática, que inventa ilusões e delírios para o filho, e que já foi presa por permitir que sua criança seja agredida.


Seu sonho de se tornar um grande comediante, como o apresentador de TV, Bill Murray, com o qual o personagem é obcecado, também é destruído virando um enorme pesadelo. Ao finalmente ver seu desejo realizado, em ter o clipe de sua apresentação aparecendo no programa, ela está ali para ser zombada, menosprezada e humilhada pelo apresentador. E tudo isso por uma risada de poucos segundos, pelo prazer em chamar suas tentativas de patéticas. Não há algo baseando a ideologia do protagonista, um sistema de ideais e fatos, que justificam sua mentalidade e dialogam com a mensagem que o filme quer passar. Logo a dialética e interação de sua ideia principal, com Arthur acaba bem mais superficial do que deveria. O que junto de um filme que tem enorme dificuldade em variedade de sentimentos, momentos que não voltam ao mesmo estado de desesperança e perversidade, acabam o prejudicando muito.


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(Eu sinceramente não sei se o personagem está chorando em vários momentos em que aparece rindo)


Existe uma visão de sociedade e mundo claras ocorrendo, a qual está encapsulada no monologo final do principal, este simbolicamente como cumulo de sua evolução. No entanto o filme não parece simplesmente contente em afirmar essa ideia, mas precisa gritar, espernear e ter a existência e realidade dando voltas e piruetas astronômicas para confirmar o quanto está correto no que decide dizer. 


A constante, e inescapável volta para confirmação do mesmo ponto de vista é o problema. Não aparece espaço para dialogo ou apresentação de outra ideologia dentro da obra. O mundo de Joker apesar de querer comentar sobre sua injustiça, não contem uma ideia de justiça, ou como tal seria possível. Tenta criticar a relação obsessiva com violência que os personagens se engajam, e as elites as quais faltaria empatia, capacidade ou desejo de entender as massas. Mas ao mesmo tempo tais estados, elites corruptas, e o povo sedento por violência e destruindo tudo, quase que parecem estar certas, pois são a alternativa possível. Uma única voz e sentimento parece estranhamente dominar o filme, que não conhece nem parece capaz expressar essa empatia, ou algo além da violência, que está argumentando contra. Chega a ser irônico o fato da obra em vários momentos pregar a necessidade de entendimento e empatia.


A dificuldade temática que eu encontro em Joker é a incapacidade de dialogo com um verdadeiro contraponto a sua mensagem. É uma obra tão imersa no aspecto e atitude subversiva, muito contente com sua transgressão política, mas que nunca tenta se perguntar por algo além da visão dominante. O filme não quer apresentar o conflito social de forma multifacetada, dando ideologias e sistemas de crenças para todos os lados. Os ricos são simplesmente vilões irredimíveis, incapazes de se importar, e parecem até sentir prazer em acabar com a classe trabalhadora. Não existe o ponto de vista da pessoa que realmente admira e confia em homens como Thomas Wayne, não dando nem a noção do como alguém assim realmente acaba com tal poder político. De certa forma os lados e aspectos desse conflito sempre voltam ao mesmo ideal maniqueísta, as massas sem rosto assustadas com a deterioração de suas qualidades de vida, e presas numa raiva em face do sistema. Contra os milionários antagonistas unidimensionais no topo, chamando o povo de palhaços, e dizendo que sabem o melhor a se fazer. A elaboração do conflito social consistindo de mera escalada da violência, que retorna ao mesmo fator, os pobres usurpam o nome pejorativo que lhes foi dado e passam a se vestir de palhaços, praticando atos cada vez mais extremos Os poderosos se voltam a aparelhos repressivos, a polícia, na ideia de acabar com o problema sem resolver nenhuma de suas causas.


Não consigo extrapolar da história qualquer meio termo, tentativa de elaborar o conflito e tópico que não volte a mesma moralização e reprovação de certos aspectos da sociedade. Por isso chamo a exploração de propaganda e considero essa forma de engajar com os temas insuficiente. Trabalhos que realizam propaganda não tentam trazer perguntas difíceis, questionamentos sobre assuntos e situações extremamente complexas na sociedade. O autor ao se dispor a um verdadeiro questionamento, expressando inúmeras dúvidas quanto a aspectos do tratamento de doentes mentais, relação obsessiva com violência, e manifestação de conflito de classes, poderia chegar a criação de um trabalho realmente revolucionário. Terminando por escolher ir exatamente na direção contraria, Joker parece mais interessado nas respostas, trazer uma visão simples e clara do conflito, suas causas, manifestações e dinâmicas. Em simplesmente simplificar a realidade, trazendo mais respostas e confirmação, ao não abrir espaço para uma verdadeira discordância e dialogo de ideais no próprio filme, não considero as conclusões alcançadas particularmente significativas.


Por essas e outras razoes o discourse relacionado a Joker me surpreende absurdamente. O filme é tratado como essa dark e revolucionaria tomada em adaptação de HQS. E conquanto eu concorde que em termos de tom e narrativas, o filme deve muito mais a filmes clássicos, como Taxi Driver, do que historias de super-herói, em termos de temática ele não detém diferenças significativas com a maioria do gênero. A própria controvérsia gerada pela obra é intrigante, não vejo exatamente no que discussões sobre responsabilidade social, e incentivo a violência são baseadas. Joker é um filme com não muito a dizer, e o pouco que realmente diz dificilmente é revoltante, e controverso, dessa forma. Talvez se ele dialogasse e explorasse a visão de mundo especialmente ofensiva que muitos enxergam aqui, a obra teria algo mais relevante a dizer quanto a sociedade. Não sendo esse o caso, considero isso mais como algo negativo do que particularmente bom.


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(Sério alguém me explica de onde vem essa controvérsia do filme)


Enfim por favor, note que eu posso estar errado quanto a tudo que disse. Já tive ótimas conversas com inteligentes pessoas que adoraram o filme, e ficaram fascinados com a forma e métodos que ela explora o estado de alguém com psicose, combinado com a reação da sociedade nesse assunto. O esforço e dificuldade em explorar temas é algo presente mesmo na minha própria analise, nunca tenho certeza sobre se minha interpretação é a correta, e se realmente pego a mensagem do filme. A necessidade de abrir para o dialogo, e entender outro ponto de vista é infinitamente complicada, especialmente em uma conversa sem interlocutor direto, como o de olhar uma obra de ficção. E não, não me acho particularmente bom nessa pratica em nenhum momento. Por mais que pareça que estou criticando pesadamente a obra, tal analise não é tanto uma reflexão sobre o filme, quanto sobre a complexidade na interpretação e transmissão de ideias. Assim espero estar apresentando conceitos que ajudem no julgamento e realização desse processo.


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(Joaquim Phoenix realmente merece um Oscar pelo que traz para esse filme)

For Takver

Ancoms não são anarquistas.

  Marxistas e ancoms todos tem a pior ideia possível, de síntese entre a sociedade civil, e o estado. Tais não são estatistas em um sentido ...