Um problema
com a linha de argumentação que defende não o fim do mercado, mas o fim da
propriedade privada dos meios de produção, é que tal posição não parece
entender o significado do que eles estão propondo?
Mesmo supondo que um
planejador central, dono de todos os meios de produção tivesse informação
perfeita sobre as preferencias, avaliações de consumidores, o que pessoas
querem que seja produzido. Nós precisamos que os desejos, necessidades dos
consumidores se traduzam na formação do capital, que os produtores se voltem a
essa demanda, e organizem a produção para isso.
Mas como é possível fazer
isso sem a existência de um mercado? Como um planejador central, pode escolher
entre todas as alternativas, e opções de produção possíveis e imagináveis, os
meios economicamente validos, e eficientes, de produzir bens de consumidores?
Como é possível quanto a todos os processos, possibilidades, e aspectos da
produção possível, o organizador central chegar as conclusões, e escolhas que
realmente servem as necessidades de consumidores? Como é possível limitar a
escolha, e variáveis intermináveis dessa tarefa, para sequer avaliar os
resultados, e ter noção do que você está fazendo?
O mercado é o mecanismo
que transmite as avaliações, e demandas dos consumidores, por toda a economia e
estrutura de produção. Por meio de milhares e milhares de produtores,
planejando pequenos aspectos da tarefa, coordenando uns com os outros, e
chegando a informação localizada sobre os processos. Acabamos com um sistema
descentralizado facilmente adaptável, e de evolução continua, que responde de
forma perfeita essa questão, e funciona de forma impecável na transmissão do
conhecimento. Administradores e produtores tem acesso a toda a informação que
precisam, para produzir e alcançar os resultados que desejam.
Substituir isso, por uma
propriedade coletiva dos meios de produção, apresenta dificuldades
insuperáveis, e problemas os quais eu mal consigo imaginar.
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